Vocês devem estar acompanhando o caso da morte da menina Isabela, de apenas 5 anos de idade. Uma ocorrência sinistra de desenvolvimento nebuloso. Tudo o que se sabe, com certeza, é que ela foi encontrada caída no jardim do prédio onde morava o pai.
Teria sido jogada?
Quem jogou?
Foi morta antes de ser jogada?
Foi o pai?
Foi a madrasta?
Foi o pedreiro?
Ninguém sabe e ainda nem tem como saber, mas ontem a imprensa já tinha o culpado e o parecer do júri popular. Nos jornais do tipo "mundo cão" não se cansou de mostrar as coletivas atrapalhadas do delegado responsável pelo caso, que uma hora dizia não ter a menor dúvida e na outra dizia não poder afirmar nada. Mas todos já conheciam os culpados e os populares até comentavam com palavras mordidas como é que um pai pode ser tão crápula.
Será que já se esqueceram daquele caso em que os donos de uma escola foram acusados de pedofilia em São Paulo, julgados, tempos depois, inocentados pela Justiça? Mas graças à implacável, tendenciosa e irresponsável cobertura promovida pela mídia, a escola foi destruída por populares e a vida dos proprietários foi completamente destruída.
Não pode haver precipitação em casos como estes. Se este pai não tiver envolvimento no que aconteceu, já imaginou a dor que deve estar sentindo? E por que a pressa nos envolvidos na investigação em ficar escorregando informações para a mídia? Não é porque rola interesses comerciais?
O problema é que a informação virou mercadoria. E como toda mercadoria, tem a qualidade de quem a produz. E nossa impressa tem se mostrado um fabricante sem qualidade e responsabilidade de informações fúteis e transitórias. Nossa mídia vive a era da informação fast-food. E cabe a nós comer ou não essa porcariada servida sem nenhum preparo adequado à nossa saúde intelectual.
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6 comentários:
Alguns jornais pré-julgam casos como este e estampam na 1ª página puramente por interesse comercial sem se preocupar que por trás disso há um ser humano.
As autoridades policiais deviam tratar casos como esse com um certo cuidado, principalmente quanto ao fornecimento de informações para imprensa.
Pois é Paixão,
Não há a menor responsabilidade em relação à integridade dos suspeitos. Sua moral e reputação são jogados no chiqueiro da mída de forma tão inconsequente que revolta. Mesmo que o cara seja culpado, não se pode iniciar um julgamento público antes de qualquer certeza.
A coisa é feita meio que para mostrar serviço, sejam quais forem seus efeitos.
todos são inocentes até que se prove o contrário, mas parece que esquecemos essa máxima.
Hoje impera a outra maxima exatamente contrária.
Primeiro, ninguém tem o que se meter na vida dessa família. Foi uma barbárie, claro. Mas quem somos nós pra falar alguma coisa? Se houve um crime, deve ser solucionado, mas não precisa divulgar aos quatro ventos o que está acontecendo.
É como, num assalto à banco, 20 minutos antes de chegar, a polícia ligar para os assaltantes e dizer: "Estamos indo. Se preparem". Indignação pelo crime e pela postura idiota e intrometida que sempre é tomada.
Que que é? Agora vivemos um grande big brother?
Valeu
Infelizmente foi uma tragédia, mas acho que tem mesmo que se tornar público um fato como esse, e á mídia faz sim seu papel, não podemos deixar que tragédias e crimes hediondos como esse fique as escuras e acabe caindo no esquecimento como tantos outros.. sendo culpado ou não o pai, trata-se de uma criança e devemos estar cientes o tempo todo e acompanhar para pedir justiça, nada justificaria tal atitude, sinto muito se não for o pai o culpado e estar passando por isso, mas ate se chegar ao culpado ele é sim o maior suspeito e como tal deve ser julgado a juri popular.
A mídia está mesmo fazendo um auê danado com esse assunto, não se fala outra coisa na TV. Daí fica-se especulando sem respeito algum às pessoas envolvidas. Mas o caso é intrigante... os fatos são muito contraditórios. A verdade é que o culpado deve ser punido e com rigor, porque é muita crueldade tirar uma vida de uma criança que não tem nem como se defender.
hummmmmm desconfio ate da mãe dela....
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