segunda-feira, 20 de julho de 2009

Quer virar um diamante?

Imaginem!
Criaram uma forma de converter defuntos em pedras preciosas (leia mais clicando aqui).
Se você tiver dinheiro, ao invés de virar grama, ou goiaba de cemitério, poderá se tornar um belo diamante. Dizem até que os diamantes criados com esta técnica têm cor que varia de acordo com a "personalidade" do morto. Sabe aquelas pessoas que dizem que têm uma personalidade forte? Então, é uma pena que não poderão conferir a cor do diamante em que se converteram.
Os ricos sempre inventam formas nobres de desaparecer. Quem não fica maravilhado com as pirâmides? E com o cemitério da Consolação? Tem criptas lá muitas vezes mais caras do que muitas casas. O morto mora melhor que muito vivo. E agora os mortos serão eternizados em pedras.
Doce e derradeira ilusão. Como diz lá em Eclesiastes: “Porque o que sucede aos filhos dos homens, isso mesmo também sucede aos animais; a mesma coisa lhes sucede, como morre um, assim morre o outro, todos têm o mesmo fôlego; e a vantagem dos homens sobre os animais não é nenhuma, porque todos são vaidade. Todos vão para um lugar; todos são pó e todos ao pó tornarão...
O mais engraçado disso tudo é que era mania usar dente, osso, pata, marfim de bicho morto. Agora vamos começar a andar com pedaço de "gente" morta pendurado pelo corpo. O sábio estava ou não estava certo?

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Mais um deus.

Morreu mais um superstar. Paciência, para morrer basta estar vivo.
Mas o cara estava falido, sem grana e planejando uma turnê para levantar as contas dele e dos irmãos (talvez).
O caso é que, morto o homem, nasce um 'deus'. Mesmo que há duas semanas se tratasse apenas do ícone do fracasso e do exemplo máximo de todas as aberrações, agora o cara é mais um santo do mundo dos mortos. O povo o louva, idolatra. Os programas de TV, os jornais, as revistas, os populares, todos se desmancham em elogios. Já se gastou tanta grana para homenagear Michael Jackson, que daria, traquilamente, para saldar sua dívida de 420 milhões de dólares, não?
Mas quem é que socorreria o cara vivo? É melhor adorar o morto.
Sociedade hipócrita. Se amavam tanto Michael Jackson, porque não fizeram uma "vaquinha" para pagar as dívidas do cara? Ou então para pagar pesquisas ara amenizar os efeitos de vitiligo, cancer de pele ou mudança de cor? Sei lá, qualquer coisa que desse respaldo a tanto amor post mortem.
Amam nada! Adoram nada! As pessoas estão tão perdidas que já nem sabem mesmo se amam ou odeiam e nem quando é que devem fazer isso. Apenas seguem, sem pensar, o cardume de peixinhos que, individualmente, não se dão valor algum.
E sabe para onde todos caminham, né? Para o mesmo pó para onde foram seus deuses...

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Celibatário Paraguaio

O Paraguai ganhou a fama de ter um dos maiores comércios de falsificações do mundo! Mas estas não eram produzidas lá. Vinham, sobretudo, da China.
Mas há uma falsificação genuinamente paraguaia agora. Trata-se de seu ex-bispo, o atual presidente, Fernando Lugo. Ele teve que deixar a batina para abraçar a política. Mas já deveria ter deixado a batina há bem mais tempo, e não para abraçar a política, mas sim, as mulheres, com quem deitou e rolou... Sim, sua Eminência, enquanto sacerdote, abraçava muitas mulheres; O suficiente para ter filhos com elas.
A coisa só começou a se tornar pública porque o santo homem não estava cumprindo com seus deveres de pai! Já pensou? Um padre "padre" mesmo?
Mais uma vergonha saída das saias manchadas da religião. Pregam uma coisa e fazem descaradamente outra. Primeiro proíbem desarrazoadamente o casamento de seus sacerdotes. Depois toleram fornicação e adultério bem no meio da alta cúpula.
Não é de admirar que as pessoas encarem a religião de forma tão leviana. Se olhada com muito cuidado, mesmo que as pessoas sejam sinceras e estejam realmente procurando encontrar a verdade, precisarão de muito cuidado para escapar de tanta sujeira.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Escolher é Poder


Você cresceu ouvindo que querer é poder, mas trata-se de um engodo. Querer é fácil, o difícil é escolher. As escolhas que fazemos podem nos dar ou drenar o poder. O direito de escolher é a inestimável dádiva divina de exercitar o arbítrio.
Mas, como tudo o que confere poder, há um obstáculo, vencido por muitos poucos: saber escolher. Todas as desventuras humanas são resultado de escolhas erradas. Quiseram e simplesmente fizeram, acreditando que o verdadeiro poder estar em fazer o que se quer, quando na verdade, é fazer o que se deve.
E como escolher entre o que queremos e o que devemos?
Está aí a grande charada da vida. Ou você aprende a fazer as escolhas certas, ou passará a vida dando cabeçadas, acreditando que esta é a triste dinâmica da natureza. Não é. Mas a escolha é sua. Você pode escolher ou não acreditar nisso e ter ou não o poder de mudar as coisas.

sábado, 10 de janeiro de 2009

Pois é

Pois é.

Já estamos em 2009. Desde 2001 que toda virada de calendário eu me lembro dos Jetsons. No século 21 teríamos robôs fazendo serviço braçal, carros voadores, esteiras e escadas rolantes a nos levar para todos os cantos.

No mundo da realidade, nos jornais, aclamava-se a nova ordem mundial, a aldeia global, os avanços no entendimento entre os povos. Mas oito anos se passaram e não há carros voando, o conforto da vida moderna está enfartando a população e a paz da nova ordem mundial mostrou-se um engodo. Os pobres continuam a culpar os ricos que continuam a explorar os pobres. Os judeus continuam a odiar os árabes que continuam a odiar tudo. O ódio é a ordem do dia no mundo todo.

Tempos críticos, difíceis de manejar. Homens amantes de si mesmos, amantes do dinheiro, maldizentes, orgulhosos, que não amam nem a seus próprios irmãos, traidores, teimosos, mais amantes de prazeres do que amantes de Deus... As palavras de Paulo a Timóteo soam como notícia de primeira página dos jornais modernos... Últimos dias.

E o que o "homem" conseguiu produzir?


quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Amor

"Não é o perfeito, mas o imperfeito que precisa de amor"...
Certa vez, recebi uma mensagem que entre outras coisas dizia: "Me ame mais quando eu for muito chato, pois é quando mais preciso do seu amor"...

Às vezes é difícil amar quem insiste em não ser amado, então eu sublimo. Protesto sempre contra sua condição obtusa, mas nada acontece. Então sofro calado, dentro da minha armadura e finjo não me importar. Mas confesso que faria de tudo para que alguém com olhos de raio-x pudesse olhar além da máscara e ver que o rosto que ironiza esconde um coração que chora.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Homo Economicus


Na revista Veja da semana passada havia uma matéria amedrontadora: a humanidade já consome mais recursos do que o planeta produz. Anuncia-se um colapso total num tempo não muito distante. Numa outra página há uma matéria lamentando a provável recessão e a queda no consumo em virtude da crise nos States. É claro que as duas matérias foram escritas por pessoas diferentes, com opiniões diferentes sobre consumo e sustentabilidade e apontam para a dicotomia existente na nossa sociedade. Sabemos que estamos destruindo o planeta com nossa voracidade por recursos, mas não queremos desacelerar a economia. Por isso cria-se artifícios para vender o que não existe e fazer dinheiro de mentira – o estopim da crise.

Afinal de contas a crise deveria ser considerada benéfica, pois desaceleraria o consumo e é isso o que o planeta está precisando. Mas não é assim que o "alto comércio" deseja. Pelo contrário, as economias mundiais parecem desejar que o consumo permaneça alto e que os recursos do planeta se esgotem e então tenhamos uma crise permanente com escassez de verdade e não apenas o estouro de uma bolha.

Você já parou para pensar em quais bens de consumo são dispensáveis? Sem quais você viveria? É uma análise difícil. Não queremos abrir mão de nada, mas lamentamos as florestas devastadas, os mares e os ares poluídos. O trânsito está ruim, mas ninguém quer abrir mão do conforto do automóvel em relação ao transporte público. Você é mais homo sapiens ou homo economicus? Pense bem, muito bem e se surpreenderá com a resposta.

Sabe aqueles filmes de ficção científica em que a Terra é invadida por uma espécie que esgotou seu próprio planeta e agora quer se mudar para cá a fim de fazer o mesmo? Tem um fundo de verdade aí, só que os verdadeiros gafanhotos não virão de fora. São filhos da Terra mesmo.